sábado, 1 de novembro de 2014

Um banho quente pra curar a alma...

A confusão ta grande aqui, sabe? São pensamentos no coração, sentimentos na cabeça, de vez em quando tem até um ou outro passeando pelo estômago. Da pra imaginar o que um pensamento ou um sentimento querem passeando por ai? Ainda mais no estômago. Lá eles causam embrulho, não é lugar deles. Já não basta espantarem a lucidez da cabeça e encherem o coração de angustia e ansiedade? Mas não, eles querem é descontrolar o corpo todo. To te falando isso porque sei que você sente o mesmo, ou já sentiu alguma vez na vida, quem sabe não sentiu isso ontem a noite?
E são muitos silêncios. Muitas perguntas. Algumas feitas e respondidas. Algumas apenas se calaram. Não foram feitas promessas. Nem uma sequer. Ansiava muito por promessas. Não podiam ser feitas eu sei, mas eu esperava de coração por elas. Promessas de que vai dar certo, de que vai ser amor, de que será um recomeço, de que realmente terá um recomeço. Precisava de promessas. Promessas que o fantasma sumiria, que o passado seria morto e enterrado. Promessas que o tempo passaria rápido, que a dor sumiria. Queria promessas pra construir esperanças sobre coisas solidas. As promessas não vieram, não havia lugar pra elas. 
Que bagunça em? Como o vento forte de fim de tarde de chuva, aquele vento que vira o guarda-chuva do avesso e te da um banho que te gela todos os ossos. E você chega em casa preocupado com o resfriado que vai pegar. Mas aí entra no banho quente e esquece todos os problemas do dia, todas as frustrações da alma e todas as angustias do coração.

O banho gelado eu já tomei. Confesso que fiquei com febre, gripe das fortes mesmo, me derrubou, abateu e me fez questionar. Mas continuo aqui. Continuo. Não porque você me prometeu um banho quente, pois não houve promessas, mas porque preciso de calor pra me curar. E eu sei que você ainda tem esses calor dentro de si.

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