sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A vida não pode ser um contagotas na tua mão

Se está com ele está sozinha
e sozinha não quer mais ficar
se está com ele é porque quer
porque não quer mudar
Diga adeus
diga adeus ou não diga nada
diga adeus
se está chegando o fim da linha
'tá na hora de saltar
se está com ele está sozinha
e sozinha não quer mais ficar

diga adeus
diga adeus ou não diga nada
diga adeus
não vá perder a hora certa com a pessoa errada
diga adeus, !adeus!

Garota, eu tenho um milhão de conselhos pra te dar. Faça assim, faça isso, não faça aquilo jamais. Faça como eu quero, como eu acho melhor, melhor pra mim e pra você, talvez melhor até pra ele. Faça como quiser, faça do teu jeito, como o coração mandar. Só não faça nada, porque nada não vai mudar.
Garota, eu tenho um milhão de coisas pra te implorar. Por favor não vá, não fique, não volte. Por favor não fale, não cale, não chore. Não grite e não sussurre. Não apareça, não se esconda, não me esqueça, não me encontre.
Garota, eu tenho um milhão de coisas pra te desejar. Seja feliz, colha teus frutos, desfrute tua vida, ame, acima de tudo ame. Ame a mim, ame a ele ou ame a outro. Mas acima e sobre todas as outras coisas AME.
E uma última coisa garota. Não faça da vida um conta gotas na tua mão...

Sobre os 30 e sobre ser um 30ntão! (texto escrito em Julho, mas parecer ter sido em outra vida)

Chegou a data, chegou o dia que tenho esperado com uma certa expectativa e uma pequena dose de angústia. Me lembro ainda que aos 15 anos, quando dava os primeiros passos profissionais nessa carreira que escolhi e me escolheu, tinha alguns objetivos, não muito claros, e alguns sonhos, não muito realistas, para serem realizados e cumpridos. Depois de 15 anos nessa "vida de rádio" que me levou a morar em 07 cidades em 03 estados diferentes, ter experiências incríveis, conhecer pessoas fantásticas, posso dizer sem sombras de dúvida que profissionalmente alcancei aquele que era um dos objetivos e também um sonho: Ser um bom comunicador e trabalhar em uma grande rádio. Uma coisa completa a outra. Hoje com 30 anos apresento, há 06 anos, um programa em horário nobre pra 10 emissoras da maior rede de rádios do estado. Isso por si só já é prova de que alcancei o patamar de ser considerado um bom profissional. Mas principalmente eu tenho o orgulho de reconhecer no meu interior todo o esforço, dedicação e abnegação que tive pra chegar até aqui. Eu e mais ninguém sabe os passos que dei para trilhar esse caminho. Essa com certeza é minha maior vitória no âmbito profissional.
Agora aos 30, depois de fazer um longo e detalhado balanço sobre minha trajetória, posso olhar para o passado com olhos de um aluno, aprendendo com os erros, que não foram poucos, mas também com os acertos, que me trouxeram até aqui, pois acredito que não é possível obter exito em algo sem fazer boas escolhas.
Chego aos 30 na melhor fase da minha vida, vivendo já há algum tempo bons momentos, acredito eu que colhendo aquilo que tenho plantado ao longo da vida. Chego aos 30 rodeado por pessoas que gosto, que admiro e que me fazem bem. Colegas de trabalho que se tornaram verdadeiros amigos, amigos que se tornam companheiros, pessoas com quem dividir momentos e histórias só me faz cada vez mais acreditar que tenho acertado toda vez que uso o coração como bússola. Aprendi que acima e sobre tudo, o mais importante na vida de qualquer um são as pessoas que caminham ao seu lado, e posso me orgulhar ao dizer que consigo perceber no olhar e no sorriso de vários amigos a sinceridade e a reciprocidade de um sentimento verdadeiro. Amigos são imprescindíveis para uma vida plena de sorrisos. Tenho muitos e bons amigos.
E que venham novos desafios, novos caminhos, novos horizontes. Que sejam caminhos sempre acompanhados do amor, dos amigos, da família e que os sonhos nunca pareçam distantes demais para que os passos continuem firmes.
Hoje, aos 30, tenho orgulho de quem me tornei. Tenho orgulho de quem eu sou.

...a vida tem um jeito engraçado de ensinar...

Isso tudo é sobre Merecimento e Recompensa. Também é sobre Crime e Castigo.

Eu não precisava. Naquela época era imune. Convivia tão bem com minha liberdade. Eram dias tão legais. Aquele desprendimento todo, dose exagerada de autoconfiança, sorriso com uma dobrinha a mais que quase sugere prepotência. Olhar distante e insolente que sempre obteve exito em afastar. Andava tão bem sozinho que alguém caminhando ao meu lado talvez atrapalhasse o meu passo seguro e cheio de mim mesmo.

Há alguns anos,  em meio a turbulência do termino de um relacionamento de longa data, com lágrimas de dor e raiva nos olhos ouvi as seguintes palavras que me marcaram até hoje. _Você é uma pessoa muito sozinha, tenho pena de ti_. E isso levou a toda aquela atitude prepotente diante da vida e dos outros.

Então o tempo passou. Os meses mudaram de nome e os anos mudaram de números. Então eu mudei, os caminhos mudaram, os passos mudaram junto com os olhares e sorrisos. A vida tinha algo a ensinar e eu algo a aprender.

E ela chegou. E do nada estava ali, diante dos olhos e ao alcance dos braços. A materialização dos sonhos, dos anseios, dos desejos. Os sonhos materializados em sorrisos afetuosos, os anseios em olhares furtivos, os desejos em gestos elegantes.

Ela era meu sonho. Ela era meu desejo. Ela era o meu amor. Ela era o meu destino.

Ela havia chegado com uma missão. A vida a colocou ali com um único objetivo. Ensinar.

Uma lição dura de se aprender, um remédio amargo de engolir. Um antídoto para o lado escuro da alma. Um lembrete ao coração.

Chegou com a missão de ensinar. Partiu logo após cumprir seu papel.

..."uma razão, uma estação, pra toda vida"...

Ela veio por uma razão, ficou menos de uma estação mas me ensinou algo que vai durar pra toda vida.

Há poucos dias, encarando um final catastrófico ouvi algo diferente. _ Lu, você é todo amor_.

Sobre Merecimento e Recompensa. Sobre Crime e Castigo. Sim, eu aprendi a lição.









quinta-feira, 30 de outubro de 2014

..."cantavam seus hinos em casas cheias de risos e luz"...

Ainda ontem uma amiga que surgiu do nada, mas com uma imensa importância nessa minha fase "so down", amiga que tem o incrível dom de alinhar uma palavra atrás da outra e como num passe de mágica ou bruxaria, dar sentido ao mundo, as pequenas coisas práticas do dia a dia e aos grandes mistérios da alma e coração humano, me fez perceber através dum de seus brilhantes textos (já li quase todos os postados no blog dela) que é preciso primeiro permitir que a vida opere seus pequenos milagres.
 _"Se você quer que o “destino” te traga coisas boas, pessoas incríveis e experiências fenomenais, comece cultivando sentimentos bons. Tome decisões que tendem mais para o bem, para o incrível, do que para o mal egoísta. Planeje coisas fenomenais para você, independente do que os invejosos pensam ou falam. No seu caminho, você encontrará um monte de gente buscando as mesmas coisas. E são as pessoas, afinal, que abrem as portas do mundo"._Essas são suas palavras quando ela catedráticamente descreve a sua "Teoria Pessoal do Destino". 

Pois bem, deixemos então que o "destino faça sua parte" enquanto velhas preocupações são substituídas por novos anseios e novas esperanças. 

Encher o coração de bons sentimentos se torna cada dia mais fácil e mais aceitável quando se decide caminhar sem olhar pra trás a todo instante. 

Então você começa a se inspirar naquele filme do Jim Carrey em que ele começa a dizer SIM pra tudo e passa a ter experiências incríveis e malucas todos os dias. Como me disseram dois grandes caras ainda ontem a noite _ "a gente só te mete em evento bom em!"_ Entre goles e risos e palmas batidas com euforia tive que concordar - poxa vida como é bom estar aqui! - E nessa fase de "dizer sim pra vida" já disse alguns outros sins que vão me levar a não sei onde, conhecer não sei quem e fazer não sei o que. Só sei que essa simples palavra, que esse simples "sim" tem me tirado de casa, me tirado de dentro de mim, me tirado do passado e me trazido para um presente mais aprazível e vai me levar para um futuro de coisas boas. 

Optei por muito tempo pelo não, pelo deixo para amanhã ou depois eu vejo.
Agora eu quero SIM e quero AGORA!!!

Ps . Ainda sobre a noite de ontem e sobre as palmas batidas com tanta intensidade e euforia - se algum dia você souber que uns caras chamados de BANDO CELTA estiverem se apresentando perto de vc....não deixe de conferir....uma das experiências mais gostosas e divertidas da minha vida foi ver esses caras se apresentarem....as mãos ainda estão doendo de tando acompanhar o ritmo das músicas com palmas frenéticas....


Antes de alçar voo é preciso baixar a cabeça

Aos poucos se vai trocando a dor pela esperança.

Substituindo o vazio pela fé. 

Deixando que as palavras boas de quem quer ajudar passem sem filtro pelos ouvidos e destruam as barreiras que se ergueram sem querer no coração. 

Por incrível que pareça o coração é mais fácil de "se amaciar". Ele parece se acostumar mais rápido com as mudanças. O coração só quer voltar a conviver com os sonhos. Sem peso.

Leveza é tudo o que pede o coração depois de uma guerra desleal ou uma tempestade inesperada.

É a cabeça o centro de controle das coisas que deveriam partir mas insistem em ficar. Pensamentos pensamentos pensamentos. Por bem ou por mal os pensamentos algumas vezes tem mais poder do que os tão poderosos sentimentos. Um sentimento pode mudar mil pensamentos. Mas um pensamento incessante, aquele que te martela a cabeça por horas e horas ou dias e mais dias é capaz de matar, aniquilar mesmo, toneladas de bons e valorosos sentimentos tão arduamente cultivados e tratados com o mesmo carinho que se alimenta uma criatura indefesa. 

Talvez sejam incontroláveis, cabeça e coração, ou talvez haja domínio sobre eles usando técnicas orientais de meditação e busca da luz. Técnicas que a gente nuca sabe se dão certo ou não, ou dão certo mesmo só pelo fato da gente tentar e as coisas começarem a mudar.

Enquanto não acho um modo de domar meus cavalos selvagens que insistem em pisotear tudo por aqui, vou respirando fundo e usando a fé e uma boa dose de boa vontade para encontrar a mudança que a vida exige.

"já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte estava tudo bem"


Dias de medo, medo dos dias

Tem dias que a vida da medo. 

Mas é medo mesmo, tipo medo da morte sabe?

Mas é medo da vida. 

Medo de amanhã ser igual a ontem e se repetir o hoje. Medo de acordar, olhar pro teto e não encontrar motivo algum pra sair da cama. Medo de colocar o pé no chão e a perna tremer não por falta de força no corpo mas por puro desânimo mesmo. Medo de se olhar no espelho de novo e ver os mesmos olhos vermelhos e a barba já ha duas semanas pedindo pra ser feita. Medo mesmo de abrir a geladeira e ver que nada ali te abre o apetite e perceber que você está sumindo, os quilos estão indo embora, os risos estão indo embora, os dias estão indo embora. 

Medo de abrir a porta, descer as escadas, ligar o carro, medo de se movimentar, porque se movimentar é sair do lugar e encarar novos fatos e novas realidades, mas como encarar coisas novas quando se sente tão passado. 

Medo de chegar aonde se está indo, de procurar e não encontrar aquele bom dia com o sorriso na voz e a hora certa. Encarar a jornada diária da medo, porque parece não ter fim, parece que o final da tarde não vai chegar. E quando chega da medo de ir embora, de encontrar o apartamento vazio, de reencontrar a vida vazia, medo de ligar o rádio e ouvir uma canção triste, medo de deitar na cama com o sol ainda alto e saber que o sono não é mais seu amigo nem agora nem mais tarde. 

E o medo então de preparar algum prato que sempre adorou e que agora nem lembra mais qual a conexão entre um sabor ou dissabor. Pegar um livro na mão e não conseguir ler por não ter capacidade de se concentrar da medo, dar um play no seriado preferido da medo quando se sabe que nem cinco minutos serão assistidos. 

Da medo quando o relógio já marca mais uma vez duas da manhã e ainda se tem medo de acordar e olhar no espelho e ver os mesmos olhos vermelhos e a barba que já fez aniversário mais uma vez. 

Tem dias que a vida da medo.


Eu li em um desses tantos posts do Facebook dia desses, que se a vida não for feita de altos e baixos a gente morre.

O post se referia ao gráfico dos batimentos cardíacos. Um pico e um declínio. E assim segue a vida, apenas com pequenos intervalos entre a subida e a seguinte queda. Pois bem, não é realmente difícil constatar que a vida se assemelha muito com esse gráfico de sobe e desce constante. Bons momentos seguidos de momentos ruins, uma pausa de marasmo no meio, e de novo e de novo. 

Ao analisar minha vida, não toda ela, isso é muito dispendioso, mas sim o último ano, e ainda usando a timeline do Facebook como auxilo, pois relatei boa parte de minha experiências por lá, sejam elas boas ou ruins , posso fazer uma observação acredito eu muito próxima da realidade. Sim, foi um ano com altos e baixos. Foi um ano com Picos Altíssimos. Mas não havia ainda chegado o momento do Declínio Profundo. 

Deixei muito claro pra todos que me conheciam e pra mim mesmo que por boa parte desse ano vivi a melhor época da minha vida. Amigos, família, trabalho e por alguns momentos também o amor me colocaram nesse "êxtase existencial". 

Este foi o teto da subida, e pude sentir toda a doçura do momento. Mas aí entra o tal gráfico, afinal de contas você chega ao topo e a lei da vida te mostra que é impossível continuar lá em cima por muito tempo. A queda ou a descida podem se dar por vários motivos, alguns realmente sérios como uma doença ou tragédia pessoal ou familiar, ou até mesmo por motivos aparentemente bobos e fúteis aos olhos de quem observa. Mas somente aos olhos de quem observa.

Aí está a importância de jamais julgarmos a dor do outro. A taça em que são despejadas as tristezas de cada pessoa tem profundidades e capacidades diferentes. A dor que para você pode ser apenas um leve incômodo para mim pode ser a gota que faz transbordar todas as mazelas do mundo. E quando essa gota faz transbordar a alma de tristezas os dias parecem intermináveis, os nós na garganta impossíveis de se desfazer e a ansiedade torna-se companhia sempre presente. 

Este é o piso do declínio. 

O importante nessa hora em que se é possível sentir o gosto amargo da terra na sua boca pois seu rosto está colado ao chão, é lembrar que você já esteve lá em cima, sentiu a brisa no rosto e que com certeza vale a pena chegar lá novamente.

A lei da vida é essa. 

Se você subiu, vai descer. Se você desceu, vai subir. 

Mas como no dito gráfico nem sempre as batidas são tão elevadas, pois o coração explodiria se vivesse em tal intensidade. Assim também é a vida, ainda bem, ou enlouqueceríamos com as extremidades se chocando a toda hora. 

Então nos resta aproveitar o pico com a máxima intensidade, suavizar da melhor maneira possível a queda, suportar o baque e levar com leveza os dias tranquilos. 

A vida é assim.

Enquanto o coração continuar batendo a vida continua subindo e descendo.


As coisas que são sagradas pra mim...



Esses três objetos tem um significado muito grande e um preço inestimável pra mim. 

Eles representam todos os bons sentimentos que alguém pode desejar e sentir por um semelhante, por um amigo ou por alguém amado. Eles chegaram até mim de formas bem distintas, mas todos com um belo objetivo. Auxiliar e proteger em um momento difícil e para recordar que a fé e a esperança nunca podem ser deixadas de lado.

O primeiro, a medalinha de Nossa Senhora, não foi propriamente me dado, mas sim esquecido ou deixado propositalmente na minha casa há uns bons 6 anos. Pertencia a alguém que tinha muita fé e acreditava que de alguma forma poderia me fazer sentir o mesmo. Na época essa fé me parecia algo distante e até mesmo desnecessária. Eu posso estar enganado, mas acredito que ela me deixou essa medalha com a esperança que me protegesse e que me service de alento em algum momento. 
Mesmo você jamais sabendo disso, ela me acompanhou durante todos esses anos e tem sido um eterno lembrete que muitas vezes mesmo sem merecer alguém se importou verdadeiramente comigo. Você jamais ficará sabendo disso, mas eu te agradeço de coração. 

O segundo objeto, o Terço marrom, está comigo há cerca de 2 anos talvez e foi um presente da pessoa que mais se preocupa comigo no mundo. Minha mãe me deu este presente, e disse as palavras que já ouvi dela um milhão de vezes: Filho, nunca esquece de Deus, sempre lembra de rezar antes de dormir. Obrigado mãe, junto com teu amor, teu carinho e teu exemplo, este presente tem sido de grande ajuda, pois sim, ele sempre me faz lembrar de Deus, da senhora e de rezar antes de dormir.

O terceiro objeto, o Terço clarinho, eu ganhei hoje de um colega que sempre considerei um amigo, mas como ele mesmo me disse hoje, a convivência no trabalho muitas vezes banaliza o carinho que temos pelas pessoas. Um cara de uma sensibilidade ímpar, pode perceber que não ando numa fase muito legal e com um gesto de carinho grandioso me deu este presente hoje pela manhã. Segundo as orientações dele, este Terço é destinado pra auxiliar em momentos como este em que a fé, a esperança e um gesto de carinho podem fazer toda a diferença. E assim que este momento tiver sido superado eu devo passar adiante, da mesma forma, para alguém que esteja precisando de um sorriso amigo e uma dose de amor para seguir em frente. Obrigado Alberto pelo presente e pelo abraço, pode ter certeza que fez toda a diferença.

Só em momentos em que a gente se questiona algumas coisas e o sentido da vida parece distante e indecifrável é que damos o verdadeiro valor a uma palavra e um gesto amigo. Tenho recebido palavras de carinho de algumas pessoas e você pode ter certeza, isso tem feito toda a diferença e me ensinado a mudar muitas coisas que tenho feito de forma errada ou deixado de fazer na minha vida.

"Seja Bravo e Honrado Para Que Deus Possa Amá-lo"

Não faz sentido

Nada é definitivo.

Nem a alegria intensa. Nem a dor em demasia.

O problema é o tempo.

Não o tempo que cura, ou o tempo que demora pra seguir em frente. Mas o tempo que dura essas duas etapas ou situações ou momentos na vida. O tempo que dura a felicidade parece sempre muito menor do que o tempo que dura a dor.

Invariavelmente você se sente assim, mesmo não sendo a verdade absoluta. Sabe porque? Por que na verdade o problema não é o tempo em si ou o quanto dura a felicidade ou a dor, mas sim a intensidade que a gente coloca nesses momentos.

É um grande erro que quase todos cometem, talvez por não perceber, talvez por ser um hábito, talvez por não ter outra forma (eu não descobri ainda como mudar isso), talvez não haja outra maneira mesmo.

Ao meu ver isso tudo é uma armadilha, pois parece ser sempre proporcional, quanto maior a felicidade, maior vai ser a dor no final. 

Mas não faz sentido, eu sei, não faz sentido não buscar intensificar os momentos de alegria. A única coisa que sei é que quando acaba, você começa a se cobrar, de maneira injusta eu sei, por ter sido tão feliz.

Não faz sentido.

Nunca faz.

Sobre escrever.

Sou péssimo na arte de escrever. Leitor apaixonado, mas péssimo em escrever. Meu português é tão ruim que se não existisse corretor ortográfico a coisas seria vergonhosa, mais do que já é. Chego acreditar que devo ter um baixo nível de dislexia, sei lá. Mas enfim, temos corretor ortográfico para erros básicos de português. O que não temos é um corretor de sonhos, de anseios, um corretor de almas desgastadas e corações alquebrados. É isso que me leva a escrever.

Ter amigos pra conversar é essencial, mas coitados dos amigos, chega uma hora que ouvir a mesma ladainha cansa. Por mais que uma boa conversa tenha o poder de curar uma alma, exige muito esforço.

Então decidi escrever. Comecei pelo Facebook. Mas também vai ficando chato por lá. Aqui é mais fácil de ter liberdade pra escrever...sentimentos...pensamentos...argumentos...

Gosto de ler as coisas que escrevo da mesma forma como gosto de saborear os pratos que preparo. Algumas vezes sinto orgulho do resultado igual ao último risoto que preparei dias desses. Ficou magnífico tenho a falsa modéstia de admitir. Também tenho orgulho de alguns textos que escrevi. Colocar alma nas palavras nem sempre é fácil. Mas me faz bem.

Pretendo escrever diariamente. Pretendo me libertar e crescer diariamente. Que as palavras sejam companheiras nas horas em que a solidão se faz presente.