quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Eu li em um desses tantos posts do Facebook dia desses, que se a vida não for feita de altos e baixos a gente morre.

O post se referia ao gráfico dos batimentos cardíacos. Um pico e um declínio. E assim segue a vida, apenas com pequenos intervalos entre a subida e a seguinte queda. Pois bem, não é realmente difícil constatar que a vida se assemelha muito com esse gráfico de sobe e desce constante. Bons momentos seguidos de momentos ruins, uma pausa de marasmo no meio, e de novo e de novo. 

Ao analisar minha vida, não toda ela, isso é muito dispendioso, mas sim o último ano, e ainda usando a timeline do Facebook como auxilo, pois relatei boa parte de minha experiências por lá, sejam elas boas ou ruins , posso fazer uma observação acredito eu muito próxima da realidade. Sim, foi um ano com altos e baixos. Foi um ano com Picos Altíssimos. Mas não havia ainda chegado o momento do Declínio Profundo. 

Deixei muito claro pra todos que me conheciam e pra mim mesmo que por boa parte desse ano vivi a melhor época da minha vida. Amigos, família, trabalho e por alguns momentos também o amor me colocaram nesse "êxtase existencial". 

Este foi o teto da subida, e pude sentir toda a doçura do momento. Mas aí entra o tal gráfico, afinal de contas você chega ao topo e a lei da vida te mostra que é impossível continuar lá em cima por muito tempo. A queda ou a descida podem se dar por vários motivos, alguns realmente sérios como uma doença ou tragédia pessoal ou familiar, ou até mesmo por motivos aparentemente bobos e fúteis aos olhos de quem observa. Mas somente aos olhos de quem observa.

Aí está a importância de jamais julgarmos a dor do outro. A taça em que são despejadas as tristezas de cada pessoa tem profundidades e capacidades diferentes. A dor que para você pode ser apenas um leve incômodo para mim pode ser a gota que faz transbordar todas as mazelas do mundo. E quando essa gota faz transbordar a alma de tristezas os dias parecem intermináveis, os nós na garganta impossíveis de se desfazer e a ansiedade torna-se companhia sempre presente. 

Este é o piso do declínio. 

O importante nessa hora em que se é possível sentir o gosto amargo da terra na sua boca pois seu rosto está colado ao chão, é lembrar que você já esteve lá em cima, sentiu a brisa no rosto e que com certeza vale a pena chegar lá novamente.

A lei da vida é essa. 

Se você subiu, vai descer. Se você desceu, vai subir. 

Mas como no dito gráfico nem sempre as batidas são tão elevadas, pois o coração explodiria se vivesse em tal intensidade. Assim também é a vida, ainda bem, ou enlouqueceríamos com as extremidades se chocando a toda hora. 

Então nos resta aproveitar o pico com a máxima intensidade, suavizar da melhor maneira possível a queda, suportar o baque e levar com leveza os dias tranquilos. 

A vida é assim.

Enquanto o coração continuar batendo a vida continua subindo e descendo.


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